Por que doar sangue

Todos os procedimentos médicos que demandam transfusão de sangue precisam dispor de um fornecimento regular e seguro deste elemento. Daí a importância de se manter sempre abastecidos os bancos de sangue por meio das doações, que não engrossam nem afinam o sangue do doador. É fácil e seguro, e não se pode mentir nem omitir informações, pois quem recebe o sangue pode ser contaminado.



quinta-feira, 18 de julho de 2013

HemoRio e INCA estimula campanha de doação de sangue e plaquetas
Saúde e Ciência
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Até o próximo dia 23 de julho, o Hemorio - órgão da Secretaria de Saúde - e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) vão promover uma campanha de doação de sangue e plaquetas.
O objetivo é abastecer os estoques dos bancos de sangue das Instituições durante os grandes eventos que vão ocorrer na cidade. Ontem (16/07), a unidade móvel do Hemorio esteve no Tijuca Tênis Clube, coletando sangue dos voluntários. Foi a primeira vez que o Hemorio fez uma ação no clube que também vai receber os símbolos da JMJ como a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora.

- Menos de 2% da população doa sangue regularmente. Portanto, esse encontro é uma grande oportunidade para que os jovens também possam doar sangue e tornarem-se doadores habituais, pois sempre há alguém precisando de sangue nos hospitais – explicou a diretora geral do Hemorio, Clarisse Lobo.

O Hemorio funciona todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, das 7 às 18 horas e o Banco de Sangue do INCA, de segunda à sexta das 7h30 às 14h30 e, aos sábados, das 8 às 12 horas.

Campanhas e ações


No Brasil, menos de 2% da população doa sangue com regularidade. Para que o Hemorio possa atender toda a demanda do estado, seria necessário que entre 3% e 5% dos moradores do RJ adotassem a prática pelo menos três vezes por ano. Por isso, o Hemorio realiza diversas campanhas de doação de sangue para que a população possa participar e contribuir com esse gesto de solidariedade e cidadania. Um mês antes do Carnaval, o Hemorio lança a campanha Vista a fantasia da solidariedade, em parceria com as escolas de samba do Rio de Janeiro, blocos carnavalescos e foliões.

Em março e agosto é a vez da campanha Universitário Sangue Bom, com a série de coletas móveis em diversas universidades distribuídas no Rio de Janeiro. Em maio, as mulheres estão convidadas para a ação Mulher + Solidária, que tem o objetivo de, a cada ano, aumentar a participação do público feminino através da doação de sangue, com diversas atrações especialmente dedicadas a elas. Em novembro, a Semana do Doador agita o Hemorio com uma grande festa para os doadores que mais se destacaram durante o ano.

Quem pode doar sangue?

Para ser um doador de sangue, o voluntário precisa estar bem de saúde, deve trazer um documento oficial de identidade com foto, ter entre 16 e 68 anos e pesar mais de 50 quilos. Não é necessário estar em jejum. O candidato deve somente evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação e as bebidas alcoólicas 12 horas antes. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar com autorização dos pais ou responsáveis. O modelo da declaração pode ser adquirido através do site do Hemorio – www.hemorio.rj.gov.br.

O Hemorio é o hemocentro coordenador do Estado do Rio de Janeiro, que abastece com sangue e derivados cerca de 180 unidades de saúde, entre elas, as grandes emergências, maternidades e UTIs. No Rio de Janeiro, ainda há mais 26 unidades de coleta de sangue coordenados tecnicamente pelo Hemorio como o Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel; Hospital da Posse, em Nova Iguaçú; Hospital Geral de Bonsucesso e o Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras. Os endereços e horários de funcionamento dos postos podem ser obtidos através do Disque Sangue (0800 282 0708) que esclarece outras dúvidas e agenda a doação com hora marcada.

Endereços das Instituições:


HEMORIO

Rua Frei Caneca, nº 8, Centro
Horário de funcionamento: todos os dias de semana, de 7 às 18 horas, inclusive finais de semana e feriados.


Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - INCA
Praça Cruz Vermelha, 23 - 2º andar - Centro
Telefones: (21) 3207-1580 / 3207-1021 / 3207-1058

CEMO comemora 30 anos. Unidade já realizou 1.700 transplantes de medula óssea

Veja a Galeria de Fotos!
10/06/2013 - Referência em transplante de células-tronco hematopoéticas, o Centro de Transplante de Medula Óssea (CEMO) do INCA completou 30 anos. Em três décadas, a unidade realizou 1.700 transplantes e é responsável pelo país ter o terceiro maior registro de doadores voluntários do mundo com mais de 3 milhões de cadastrados. O aumento exponencial do número de cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) nos últimos anos, fez as chances de encontrar um doador compatível passarem de 10% (2003) para 70% (2012). A comemoração contou com a realização do Encontro de Registros e da Jornada de Atualização em Transplante de Células-Tronco, homenagens e o lançamento do livro Tópicos em transplantes de células-tronco hematopoéticas.

Foram homenageados alguns importantes colaboradores que ao longo dessas três décadas contribuíram com a estruturação e serviço de excelência prestado pelo CEMO, como a médica fundadora Mary Flowers. A primeira paciente transplantada no Centro, Vera Lúcia Brito, também recebeu uma homenagem.

Mary Flowers não pôde comparecer devido a compromissos no exterior, mas gravou um vídeo especialmente para a ocasião. Nele contou como foi a criação da unidade, as dificuldades e o reconhecimento alcançado. "Em 1984, E.D. Thomas, prêmio Nobel de Medicina e nosso mentor, visitou o CEMO para avaliar a nossa infraestrutura e demostrou sua aprovação e confiança", declarou.

Atualmente o CEMO atende a pacientes do Rio de Janeiro e demais regiões do Brasil no âmbito do SUS e também cabe a este, por determinação do Ministério da Saúde, a sede e o gerenciamento técnico do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e da Rede BrasilCord, que reúne Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário.
"Temos um crescimento anual de 30% na viabilização de transplantes com doadores não-aparentados", festeja o diretor do CEMO, Luis Fernando Bouzas.

Para o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini, "o CEMO é um exemplo inovador". "Precisamos ressaltar os elementos fundadores do INCA, um deles é a inovação", destacou.
O livro Tópicos em transplantes de células-tronco hematopoéticas teve como coordenadora de elaboração a pesquisadora Eliana Abdelhay, responsável pelo Laboratório de Imunogenética. Trata-se de uma coletânea de teses defendidas por alunos, médicos e pesquisadores do Instituto. Assinam os capítulos Luis Fernando Bouzas; Daniela de Oliveira Pinto; Maria Cláudia Rodrigues; Simone Maradei; Marta Collares; Rita de Cássia Tavares e Elias Hallack Atta.
Leia também: Doação de Medula Óssea (folheto pdf)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME)

[Volta]







Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros, amarelos etc.) semelhantes, mas não aparentados. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 1993, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a partir 1998. Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.

Doação de Medula ÓsseaO número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no REDOME. Agora (maio de 2013) há 3,112 milhões de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Registros dos Estados Unidos (quase 7 milhões de doadores) e da Alemanha (quase 5 milhões de doadores). A evolução no número de doadores ocorreu devido aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.

Como é feito o acesso ao REDOME?O processo é simples e totalmente informatizado. O médico responsável inscreve as informações do paciente, incluindo o resultado do exame de histocompatibilidade - HLA - (exame que identifica as características genéticas de cada indivíduo), no sistema do REREME - Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea. Imediatamente, a busca é iniciada. Quando são identificados possíveis doadores compatíveis, a informação é logo transmitida ao médico, que junto com a equipe do REDOME, analisa os melhores doadores, faz a escolha, e é dado início aos procedimentos de doação. O doador é, então, convocado a realizar os testes confirmatórios, a avaliação clínica. A retirada das células para a doação é feita no hospital habilitado mais próximo da residência do doador. Assim que retiradas, as células são transportadas até o centro onde o será feito o transplante.
Quantos hospitais fazem o transplante no Brasil?
São 70 centros para transplantes de medula óssea e 26 para transplantes com doadores não-aparentados.

Quantos transplantes o INCA faz por mês?
A média é de oito, sendo dois com doadores não-aparentados. Mensalmente são realizados seis transplantes do tipo autólogo (de uma pessoa para si mesma) e com doador aparentado.

O que a população pode fazer para ajudar os pacientes?
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.
O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Saiba mais.

Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro atualizado sempre que possível. Caso haja alguma mudança, preencha este formulário.

REDOME / REREME
Rua do Resende, 195, térreo - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Telefone do REDOME.: (21) 3207-5299 / 3207-5214
Telefone do REREME.: (21) 3207-5233 /
e-mail: redome@inca.gov.br